Cada vez mais as algas marinhas estão sendo estudadas como uma fonte de crédito de carbono, vários são os estudo publicados. Como já se sabe as algas podem ser uma combinação perfeita na culinária e com misturas em fertilizantes. Mas pesquisas recentes sugerem que a algas marinhas são muito mais do que apenas coadjuvantes, elas estão sendo as principais aliadas no combate ao aquecimento global.
Muitas são as pesquisas que mostram que os vegetais marinhos, como as micro e macro algas podem sequestrar mais carbono do que e outras plantas em conjunto. Estima-se que todo ambiente marinho contribui para mais da metade da fixação de carbono no mundo e representa até 71% de todo o carbono (2,1). No entanto as macro algas eram totalmente excluídas das discussões sobre reservatórios de carbono marinho e apenas recentemente foram reconhecidas como seu potencial sequestro de carbono (2).
Recentemente, cientistas da Universidade de Tecnologia, Sydney e Deak University usaram análises térmicas para demonstrar que a estrutura e as paredes celulares das algas marinhas a tornam extremamente estável e, assim, provam seu potencial como um reservatório de carbono marinho (4). Eles relataram: “Até agora,; no entanto, o que mostramos é que nem todas as algas são iguais e algumas apresentam grande potencial para sequestro de carbono a longo prazo ”(3)
Como resultado dessas e de outras descobertas recentes, o tópico de cultivo de algas marinhas ganhou imensa tração no campo ambiental, como um potencial extremamente benéfico para a mitigação das mudanças climáticas. No Brasil, em particular na fazenda marinha da Náture Algas, este trabalho está a cada dia mais ativo. No momento a empresa conta com 10 ha para o cultivo. No entanto ela está se preparando para ampliar a produção. A Licença de ambiental já foi emitida pelo INEA (IBAMA), agora são só mais alguns ajustes para que a fazenda comece a produzir em grande escala.
Fontes:
1 – Duarte Carlos M., Wu Jiaping, Xiao Xi, Bruhn Annette, Krause-Jensen Dorte. 2017. O cultivo de algas marinhas pode desempenhar um papel na mitigação e adaptação às mudanças climáticas? Fronteiras em Ciência Marinha, vol. 4. 10.3389 / fmars.2017.00100 em https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmars.2017.00100/full
2 – Duarte, CM, Middelburg, J. & Caraco, N. 2005. Papel principal da vegetação marinha no ciclo do carbono oceânico. Biogeosciences 2, 1–8.
3 – Universidade de Tecnologia, Sydney (UTS). 2015. Estudo apoia o potencial de captura de carbono das algas marinhas. PhysOrg. Recuperado em https://phys.org/news/2015-05-seaweed-carbon-capturing-potential.html
4 – Conselho do Clima. 2016. Como as algas podem nos ajudar a combater as mudanças climáticas. Rede. Recuperado de https://www.climatecouncil.org.au/seaweed-climate-change .